segunda-feira, 13 de abril de 2020

Estender a mão, sem críticas

     Hoje, senti-me na vontade de escrever. Não sei você leitor, eu tenho vontade de explorar meus sentimentos em relação ao mundo por meio das palavras. 
     Durante anos, lido com pessoas de públicos variados. Diante do que vejo e percebo, a cada dia, as pessoas não pensam mais nos outros. O ego é evidenciado o tempo. Talvez, isso seja uma forma de lidar com os problemas vivenciados no dia a dia das pessoas nesse mundo de aparências. Tudo certo, na maneira de pensar de alguns. O problema é que muitos vivem transtornos psicológicos e nem nos damos conta. São vários fatores que podem acarretar isso: stress, pessoas tóxicas, isolamento social, entre outros fatores. Vivemos o tempo todo com a  necessidade de aceitação nesse mundo dinâmico. Por mais que lemos livros que dizem: "Foda-se" cujo autor é o Mark Manson, ainda fica difícil viver nessa sociedade que te cobra o tempo todo. Se você faz, escuta a frase: "Fulano se acha!", se não faz: "Coitado! Não sabe fazer nada!" 
     Ontem, assisti a um telejornal que evidenciava essa vida de artistas que estão se reinventando nesse período de isolamento. Meu Deus! Se vocês acham que artistas têm a vida maravilhosa, estão enganados! É gente criticando o tempo todo! Como disse anteriormente, se faz ou não... Imaginem as outras áreas, não tão vistas como a dos artistas. Como em qualquer profissão, sempre vai ter um para dar "pitaco" para criticar o trabalho alheio como se fossem profissionais da área. Sempre vai ter algum para dizer: "Eu faria melhor!". Por que não faz? Aí, você olha para o profissional em criticar, sempre vive com falhas. Aprendi que não somos perfeitos. A única pessoa perfeita era Jesus Cristo, e como sofreu pela humanidade, como dizem os cristãos. É claro que tentamos melhorar a cada dia, esse seria o ensinamento que nos deixou. Sem julgamentos. Temos que aprender a estender a mão. Temos que ajudar em vez de criticar. Temos que pensar no outro como seres humanos que somos. 
     Artistas ou não, precisamos do apoio do outro. Se algo está errado, ajude, sem exposição. Se algo está bom, elogie. O elogio é a mola do mundo. Quando uma criança faz algo de errado corrigimos, mas também temos que elogiar quando faz algo certo, caso contrário, estaremos moldando essa criança para o fracasso. Isso mesmo! Muitos fracassam não porque não conseguem ir além do que deveriam, devido aos travamentos acarretados pela falta de apoio, pela falta de compreensão, pela falta de elogio quando faz algo bom. 
     Deixo aqui a mensagem: Não somos perfeitos, erramos, tentamos consertar para vivermos uma vida mais harmoniosa. O que mais precisamos nesse mundo é do olhar diferenciado do outro, como ponto de apoio e compreensão. Caso não tenhamos, temos que buscar o sucesso dentro de nós mesmos para nos superar a cada dia! Vamos viver a vida, de maneira que nos faça feliz. Infelizmente, não conseguimos agradar a todos! Foda-se! Viva feliz! Gente feliz não inferniza a vida alheia!

terça-feira, 7 de abril de 2020

Isolamento social

         Imagine leitor, a situação que a vida nos deixa diante de tantas coisas que acontecem no mundo. Uma coisinha que ninguém pode ver. Isso mesmo! Ninguém pode ver, mas alguns podem sentir. Alguns estão sofrendo com as dores desse poderoso vírus que abala o mundo. Já temos tantos problemas, mais esse! Será que sairemos fortes? Será que depois que isso tudo passar seremos mais humanos?
      Não consigo assistir a um telejornal. É tanta notícia sobre infectados, sobre mortes. É como se dissesse: "Está chegando perto". O medo instaura, as mãos trêmulas, a boca seca diz que talvez estou doente. Não sei o que é. Talvez seja psicológico, talvez seja verdade. 
     Como diria Mafalda em suas tirinhas: "O mundo está doente!". A personagem de Quino tem suas razões. O mundo está realmente doente. Precisa de atenção. Deus, o que será de nós? Fico aqui no meu mundo, cheio de lembranças, de vontades, de defeitos, de sonhos. Olho mensagens, faço as coisas que quero e não quero. A voz diz em minha cabeça: "O mundo está doente e eu estou também!". 
     A vontade de passar o dia comendo é maior do que a minha necessidade de comer. A ansiedade é algo que me abala por inteiro. Escrevo. Coloco o que sinto em palavras, seja numa história ou em um poema. Como falar de amor em momento como esse? Ah... Lembro do amor entre as pessoas. Será que isso existe mesmo ou foi se perdendo com o tempo? Será que a sociedade ainda se lembra que sentimento é esse? 
    Mortes, mais mortes. Notícias veiculam dizendo que esse vírus é poderoso. Será que se esqueceram das pessoas que estão passando fome? Prefiro não acreditar. Mas como não acreditar se o que leio nas mensagens é sobre pessoas que perderam seus empregos, pais de família que não têm mais ganho e não sabem o que fazer para comprar comida para seus filhos? A dor de sentir as dores do mundo dá uma martelada do meu ego. 
     Pessoas preferem falar em política. Cada um quer se mostrar mais forte no seu argumento. No fundo eu sei, eles não estão nem aí para você. Quantos milhões de pessoas passam fome. Quantos milhões de pessoas estão no trabalho informal. Eu sei, leitor, muitos não estão nem aí para eles. Preferem gastar seus argumentos defendendo político A ou B. Será que estão fazendo realmente algo pelo outro?
     Às vezes, o ser humano é muito egoísta. É fácil isolar-se quando tem-se a geladeira cheia de comida, uma boa internet, equipamentos eletrônicos. O mundo precisa de empatia. O mundo precisa de solidariedade. É necessário nos colocarmos no lugar do outro. Talvez esse vírus nos faça ficarmos mais fortes. Eu sei que precisamos fazer com esse vírus pare de se disseminar. Também precisamos pensar no outro. Precisamos do outro. São tantos problemas! O mundo está doente!  Eu espero que tudo isso passe... Vai passar!