quinta-feira, 17 de junho de 2010

O massacre


      Campeonato brasileiro. O estádio lotado. Gritos e gritos acabam com o silêncio. Vendedores de bebidas e comidas passam pela arquibancada. Bonés, camisas, faixas, fumaças coloridas e hinos evidenciam a torcida organizada. No campo os jogadores dão início ao jogo após o apito do juiz. A bola rola no campo.


      Jornalistas e repórteres tentam pegar todos os lances. Tudo é registrado. Na troca de um jogador há uma entrevista. O jogo chega ao fim. Há um empate. O desempate fica nos pênaltis. Um time ganha.


     Na arquibancada a luta começa. Socos, chutes, pauladas e uma quebradeira sem fim. Crianças se machucam. O povo é massacrado por tanta violência. A vida humana perde o valor.


     No chão caiu um pai de família. Seu último suspiro é dado. Os outros nem se tocam pelo acontecimento. Continua o massacre. A polícia vem e intervém. No final, vários são presos e muitos ficam feridos. Em casa, o choro da mulher daquele homem morto atordoa a vizinhança. Muitos são filmados. O jornal local transmite a imagem ao vivo.


     No outro dia a ressaca. O susto passa, mas ficam muitos feridos. Na capa do jornal a manchete: `` O massacre ´´. A notícia deixa muitos revoltados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário